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Métodos de Pagamento Online
Atualmente, a internet revela-se como um meio fundamental e preponderante na rotina quotidiana. O universo virtual evoluiu e hoje apresenta-se como um dos principais canais de venda para milhões de marcas. Para usufruir desta vantagem, há vários sistemas a que o cliente pode recorrer para o pagamento online.
As compras por Cartão de Crédito são a forma mais recorrente de pagamento online. Para efetuar o pagamento, necessita apenas do número do cartão de crédito, da data de validade e do código de segurança. Este é um método bastante prático, mas o utilizador deve ter em atenção os sites em que o utiliza. É importante verificar a segurança do site antes de digitar as suas referências, uma vez que pode ser vítima de fraude.
O PayPal, um dos sistemas de transferência mais conhecidos, permite também o pagamento online. Para aderir basta apenas registar-se no site e receberá um código que lhe permitirá fazer as suas compras e carregar o Paypal. Por permitir a compra de bens e serviços através de um código, este sistema garante que os seus dados não são revelados às lojas online. Porém, caso o utilize recorrentemente no mesmo site, poderá ver a sua conta bloqueada.
Um método de pagamento online que não requer cartão bancário é o PaySafeCard. O PaySafeCard é vendido em formato talão e contém um PIN exclusivo, único e irrepetível de 16 dígitos. Estes podem ser adquiridos em qualquer loja PayShop ou CTT e têm, à escolha, o valor de 10, 25, 50 ou 100 euros. O PaySafeCard não perde a sua validade e pode ser utilizado indefinidamente até que se esgote o saldo. As vantagens deste cartão prendem-se com o facto de ser simples, seguro e anónimo. No entanto, por ter um plafon definido, pode apresentar-se como limitativo.
MBNET
O MBNET é uma das outras formas disponibilizadas para pagamentos online. Este serviço, desenvolvido pela SIBS em parceria com os bancos que operam em Portugal, permite a realização de compras à distância. Para utilizar este serviço da Rede Multibanco basta apenas ser titular de um cartão bancário, de crédito ou de débito, emitido por uma instituição bancária aderente da Rede. Através de um terminal ATM, seleciona-se a tecla MB Net e a opção “gerar um utilizador de acesso ao site”. De seguida, ser-lhe-á atribuída uma identificação e um código secreto, gerando-se um cartão temporário virtual para efetuar o pagamento. Contudo, o cartão só está disponível por um tempo limitado e só permite efetuar uma transferência.
Porém, a partir deste mês, o MBNET deixará de contemplar esta funcionalidade. Tal acontece dada uma recomendação da Comissão Europeia para que determinado tipo de funções não estejam disponíveis nos websites. O MBNet, criado em 2001, apesar de perder esta funcionalidade, continuará a existir com outras valências.
Apps Móveis
Para além dos serviços de homebanking disponíveis em cada site de operadores bancários, que permite, entre outras funcionalidades, a consulta de saldos e movimentos, efetuar transferências nacionais e para o estrangeiro, e o pagamento de serviços, os bancos portugueses migraram para os telemóveis.
Depois de tomarem a web 2.0, os bancos portugueses migraram para o bolso dos clientes e apresentam já uma aplicação móvel disponível para ambos os sistemas operativos Android e iOS, como é o caso da BPI App, do BPI, da NB Smart App, do Novo Banco, e a App CaixaDireta, da Caixa Geral de Depósitos.
A partir das apps, o utilizador tem acesso imediato ao saldo da sua conta e cartões, recebendo mensagens personalizadas e informação sobre os movimentos agendados de conta. O cliente usufrui de um largo espetro de operações, coincidentes com aquelas que encontra no site do seu banco. Contudo, apesar de proporcionarem o acesso imediato aos movimentos da conta, as apps do sistema bancário não permitem o levantamento de dinheiro físico.
No entanto, com o surgimento do MB WAY, nasceu a primeira solução mundial que funde os pagamentos móveis com o multibanco. O MB WAY não requer carregamentos, não tem custos de adesão e permite utilizar o cartão de débito normal. Para tal seleciona-se o cartão com que se pretende realizar a operação e o sistema gera automaticamente um código de 10 dígitos que permite efetuar o levantamento em qualquer caixa da rede Multibanco. Os utilizadores poderão ainda enviar o código fornecido para outra pessoa para que esta possa efetuar o levantamento do montante selecionado. Para levantar o dinheiro, o utilizador terá apenas de carregar na tecla verde e introduzir o código obtido. No entanto, deve-se ter em atenção que o código é único e tem um tempo de utilização limitado, não podendo efetuar o levantamento depois de expirado o tempo.
O Futuro
Depois de todas estas inovações bancárias no meio digital, os bancos portugueses reivindicam a possibilidade de abertura de contas à distância. Atualmente, a abertura de contas passa obrigatoriamente pela deslocação do cliente a um balcão. A sua presença garante a sua identidade e permite a abertura da conta. No digital, por causa da situação de não-presença, ainda não é possível fazê-lo.
Contudo, segundo fontes contactadas pela Lusa, já está a ser estudado pelo Banco de Portugal, juntamente com as entidades do setor bancário, meios que garantam a autenticidade e a credibilidade da pessoa para abertura de contas à distância (que pode passar, por exemplo, pela assinatura eletrónica ou da videoconferência). Em bancos estrangeiros, mas que operam também em Portugal, já é possível abrir contas à distância, como é o caso do N26. Este banco alemão permite, através do seu site, a abertura de contas à distância em menos de dez minutos.