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Dezembro 11, 2017Escritórios familiares, a nova tendência das famílias com património
Em Portugal, e no seguimento de uma tendência a nível mundial, há já algumas famílias detentoras de um património considerável a avançarem com os chamados escritórios familiares ou family office. Um número concreto não existe, na medida em que estas famílias prezam, acima de tudo, pela sua privacidade.
Os escritórios familiares são uma estrutura que se dedica à gestão patrimonial da família separada da gestão da(s) empresa(s) familiar(es), sendo geridos por profissionais especializados. Estes têm em consideração questões inerentes à fiscalidade, à gestão global das empresas, à alocação eficiente de ativos, como ainda à formação da geração seguinte, ao planeamento da sucessão, como a todo um conjunto de serviços que sirvam o clã, ou seja, desde a contratação de pessoal doméstico até à simples compra de bilhetes para viagens.
Quando uma família decide vender um negócio familiar, deixando o clã com uma quantia significativa de dinheiro, convém refletir no que investir e como investir. Portanto, montar um escritório desta natureza serve, essencialmente, para investir o excesso de liquidez da família noutro tipo de ativos, verificando-se, desta forma, uma maior diversificação do respetivo património.
Um family office pode, de facto, ser algo extremamente positivo para a família, na medida em que, se por um lado, permite uma maior diversificação das fontes de rendimento, porque diminui riscos, e consequentemente, eventuais quezílias ou divergências no seio familiar; por outro lado, se for necessário aumentar o capital na empresa, esta poderá optar por um escritório familiar e respetivos ativos, tornando desnecessário recorrer à banca ou ao mercado de capitais.
Convém ainda salientar que uma das grandes funções destes escritórios familiares prende-se, essencialmente, pelo facto de funcionar como mealheiro da família para tempos mais difíceis.
Fonte Exame, “Tudo em família” (outubro 2017)